quarta-feira, 12 de agosto de 2020

A morte da igreja

 

 

Em uma pequena cidade do interior havia uma igreja. Antes grandiosa e fiel ao verdadeiro evangelho, essa igreja começou a cair quando começaram a surgir murmurações, apostasia e politicagens. Pessoas passaram a amar mais o poder do que o Evangelho. Buscavam bênçãos, mas se esqueciam de adorar e louvar a Deus. 

Esse cenário foi piorando cada vez mais até culminar na saída do seu pastor e na chegada de um novo pastor. Em toda a cidade o que se ouvia era que aquela igreja havia morrido, e até mesmo seus membros diziam que aquela igreja estava morta. 

O novo pastor ficou indignado ao ver suas ovelhas dizerem que a igreja havia morrido e ainda se isentarem de culpa, dizendo que os culpados eram alguns irmãos ausentes e o antigo pastor. 

O pastor pensou consigo mesmo: "Essa igreja está mesmo morta", e teve uma ideia. Se a igreja estava morta, precisava então ser enterrada. E anunciou à igreja que no próximo domingo haveria o funeral e o sepultamento da igreja.

Os membros da igreja não entenderam, pois, de fato, como se enterraria uma igreja? 

Ao chegarem na igreja no domingo, os membros viram que no púlpito havia um caixão, e nele estava escrito: Aqui está a igreja morta. 

O pastor pediu que todos os membros fizessem uma fila para verem a igreja pela última vez, mas que, ao verem caixão, voltassem a seus lugares sem dizer nada aos demais membros. 

E assim foi feito, cada um dos membros foi vendo a igreja morta no caixão. Uns voltavam para o banco tristes, outros choravam, e alguns choravam copiosamente. 

Sabe qual era a aparência da igreja morta? O mistério da igreja morta no caixão é que dentro do caixão havia um espelho e, ao olharem a igreja, os membros viam a si mesmos ali dentro do caixão. 

Nós somos a Casa de Deus, a verdadeira Igreja, templo do Espírito Santo. Eu sozinho não sou Igreja, mas nós juntos formamos uma parte da Igreja espalhada pelo mundo. E uma igreja (congregação local) só morre quando a Igreja (cristãos) reunida ali morre espiritualmente.

Temos que ser cristãos comprometidos com o Evangelho para que não vejamos uma igreja morta. 

Nós somos a "geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (I Pd 2:9). 

Não podemos mais reclamar de nossa igreja local enquanto não nos tornarmos a Igreja de Cristo.

Por Adonias Roque de Souza.

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